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O Céu é o limite



Bons eram os tempos em que na minha Concórdia, para qualquer lado que se olhasse, podiam-se ver milhares de árvores iguais a mim. Nem asfalto existia e a terra era abundante para abrigar minhas raízes.

Bons eram os tempos em que o progresso não existia, menos papel, menos borracha, menos luxo, menos trapaça. Saudade da Concórdia antiga com carros de bois, homens e mulheres andando a pé apreciando a natureza.

Antigamente éramos uma rica diversidade de cores, formas e tamanhos, hoje se somos pequenas, não servimos para muito, se somos grandes, atrapalhamos, tocamos nos fios, ocupamos espaço demais, tapamos a visão das casas. Tem horas que eu penso que o homem se esqueceu que ele necessita da sombra, do fruto, do chá, do ar.

Esquecem-se até que os animais também precisam de um lar. E os passarinhos onde farão seus ninhos? Ah, já ia me esquecendo, nunca mais vi crianças se balançando em meus galhos. Nunca vi coisa tão triste... os humanos querendo nos adaptar conforme suas necessidade! Mas como fazê-los entender que para nós o Céu é o limite?

Por: Maria Eduarda Lodi

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